Thursday, December 11, 2008
A minha querida avó
Este blog serve para dar conta do que vou fazendo na minha actividade profissional, é uma forma de expor quem eu sou, e eu sou muitas coisas, ou pelo menos deveria de ser. Hoje estou aqui a fazer o que faço pelas escolhas que tomei, bem como, pelas pessoas que me rodeiam, pelos seus concelhos, as suas frases sábias e empurrões que me deram.
E a minha querida vó Aninhas tinha muito orgulho de mim, e só isso deu-me e dá-me força suficiente de seguir esta carreira profissional, esta vida.
Às vezes bastava liga-lhe para me sentir melhor, quantas vezes lhe liguei enquanto fazia o Freud, que se debatia com o seu passado e desafia a sua morte, e lá ia entendendo nas entrelinhas das suas frases o que era ter um passado tão vasto e ter dores que iam e vinham com as abertas do sol.
Quantas vezes ela me ligou orgulhosa por saber de mim pela tv ou pelo jornal.
A distância nunca apagou a nossa ligação.
A minha avó não morreu, ficou só um lugar vazio no sofá para a lembrar.
A minha avó foi e é a pessoa mais bonita que me abraçou.
A minha avó cozinhava sempre as sextas para mim e para o meu tio João.
A minha avó levava-me com ela ao rio enquanto lavava a roupa eu ia brincando.
A minha avó sem saber acompanhou-me por muitas improvisações.
A minha avó não é só minha mas é como se fosse.
A minha avó viu-me nascer.
A minha avó levou-me de férias com ela a Bragança.
A minha avó esteve comigo em palco.
A minha avó deixou muitas histórias para eu contar dela aos que se seguem.
Esta é a minha avó e este sou eu.
Gosto muito de ti Vó Aninhas.
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