Wednesday, April 7, 2010

Encenação das Extraordinárias Aventuras




Como contar uma história, hoje?
(REPORTAGEM DA RTP aos 10m46 veja a doença rara que é fazer Teatro!)

ou

reportagem da ESECTV (a partir dos 11m)

Conceber um espectáculo é determinar o caminho de onde partimos e, a montante, projectar toda a sua estrutura, a sua cor e a sua atmosfera. Este espectáculo foi construído a partir daquilo que nos rodeia, a Oficina de Teatro, os actores do Teatrão, e sobretudo, o quotidiano, os nossos vizinhos, o que nos é próximo. Assim ao falar do que conhecemos, podemos falar do desconhecido, do Outro. Esta história é sobre o Eu e o Outro. É sobre Nanu e Fox, que tal como nas Fábulas de Esopo não são mais do que espelhos de nós próprios. E nestes reflexos falamos daquilo, do que nos é próximo, dos que fogem, dos que se escondem, dos que resistem e acham um lugar para si , dos que sonham e projectam um futuro melhor, tal como os Músicos de Bremen dos irmãos Grimm.

Estas histórias que criámos são como as minhas estórias, aquelas em que me aventurava quando ia com a minha avó ao rio lavar a roupa, e que me deixavam tardes perdido no meio de todos aqueles lençóis, a inventar as minhas aventuras...

Talvez estas históras que ficcionámos sejam tão reais quanto o real. Não sei como são as estórias dos que se seguem, mas é para eles e elas que quisemos construir esta história.

Ricardo Correia

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