Friday, March 7, 2014
Wednesday, March 5, 2014
ILUSÃO
Regressei
de Lisboa com as minhas alunas do 3º ano da ESEC. Fomos todos ao Teatro
da Cornucópia, ver Lorca ou melhor ver a Ilusão. Também nós andamos
iludidos, pé ante pé à procura da sensibilidade, das metáforas, do sonho
e da Arte nas palavras do Federico Garcia Lorca para o nosso último
projeto.
No palco do Teatro da Cornucópia sente-se a Arte a ser invadida pela Vida ou melhor pela consciência da Morte. Mas essa consciência é a da extinção deste grupo que é também a nossa - a do nosso ser, da nossa importância, a do nosso país, a do nosso Teatro.
É engraçado voltar à Cornucópia ao fim de algum tempo, a 1ª vez que lá fui, foi pela mão do António Fonseca, penso que vi Amor(es) /Enganos do Vicente, eu a Sofia Moreira e a Amélia Carrapito vindos do TUM de Braga. Éramos jovens com sonhos de Teatro. Depois passei a ir muitas vezes, primeiro porque adorava Lisboa, e bom foi hoje lá voltar, depois porque era tempo de ver para aprender, mas com o tempo fui-me cansando de lá ir, e fui perdendo a fé, passou a ser como ir à Missa na minha Terra. E assim fui voltando cada vez menos e cada vez mais e mais espaçadamente. Mas hoje voltei lá, e soube tão bem.
Hoje fui eu que levei pessoas com sonhos de Teatro pela 1ª vez àquele palco.
Hoje vi quase 60 atores amadores a responderam ao desafio desta companhia para para não deixar cair este projeto.
Hoje vi Teatro - um espaço com pessoas com vontade de estarem juntas, de festejarem esta Fiesta, e esta merda em que vivemos. Vi a conciência da Morte nos olhos do criador, mas também vi a vitalidade de continuar, de mãos dadas, a dançar juntinhos.
E para acabar, sorrateiramente consegui comprar o programa (isto sim eram programas senhoras e senhores!) do espetáculo Público do Lorca feito em 89 na Cornucópia.
LMC dizia "É da relação da Ate com a Vida que neste texto se tratra. (...) Este espetáculo fala de quê? Que diz? Não sei. Não sei se o teatro é como a música, mudo. Com todo o sentido e sem sentido nenhum. Como a vida. Só Alegro, andante, adagio, vivace, forte, ou piano. E o público que entre."
É isto. E agora vou sonhar.
No palco do Teatro da Cornucópia sente-se a Arte a ser invadida pela Vida ou melhor pela consciência da Morte. Mas essa consciência é a da extinção deste grupo que é também a nossa - a do nosso ser, da nossa importância, a do nosso país, a do nosso Teatro.
É engraçado voltar à Cornucópia ao fim de algum tempo, a 1ª vez que lá fui, foi pela mão do António Fonseca, penso que vi Amor(es) /Enganos do Vicente, eu a Sofia Moreira e a Amélia Carrapito vindos do TUM de Braga. Éramos jovens com sonhos de Teatro. Depois passei a ir muitas vezes, primeiro porque adorava Lisboa, e bom foi hoje lá voltar, depois porque era tempo de ver para aprender, mas com o tempo fui-me cansando de lá ir, e fui perdendo a fé, passou a ser como ir à Missa na minha Terra. E assim fui voltando cada vez menos e cada vez mais e mais espaçadamente. Mas hoje voltei lá, e soube tão bem.
Hoje fui eu que levei pessoas com sonhos de Teatro pela 1ª vez àquele palco.
Hoje vi quase 60 atores amadores a responderam ao desafio desta companhia para para não deixar cair este projeto.
Hoje vi Teatro - um espaço com pessoas com vontade de estarem juntas, de festejarem esta Fiesta, e esta merda em que vivemos. Vi a conciência da Morte nos olhos do criador, mas também vi a vitalidade de continuar, de mãos dadas, a dançar juntinhos.
E para acabar, sorrateiramente consegui comprar o programa (isto sim eram programas senhoras e senhores!) do espetáculo Público do Lorca feito em 89 na Cornucópia.
LMC dizia "É da relação da Ate com a Vida que neste texto se tratra. (...) Este espetáculo fala de quê? Que diz? Não sei. Não sei se o teatro é como a música, mudo. Com todo o sentido e sem sentido nenhum. Como a vida. Só Alegro, andante, adagio, vivace, forte, ou piano. E o público que entre."
É isto. E agora vou sonhar.
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